sábado, 18 de janeiro de 2014


Mania de mexer as pernas antes de dormir encurta o sono de muitos



A síndrome das pernas inquietas é um distúrbio que geralmente ocorre quando a pessoa prepara-se para adormecer. O problema é caracterizado por uma sensação desagradável - às vezes até agonizante - que obriga o indivíduo a mexer as pernas continuamente. A consequência? Demora-se a adormecer aliado a uma inevitável perda de qualidade de vida. Segundo especialistas, a síndrome afecta aproximadamente 9% da população.

A síndrome pode manifestar-se inclusive quando a pessoa fica muito tempo confinada num autocarro, num avião ou numa reunião de trabalho, segundo a neurologista Dalva Poyares, do Instituto do Sono.

A médica esclarece que aquele movimento rítmico da perna que algumas pessoas apresentam ao assistir a uma aula, por exemplo, não configura a síndrome. No entanto, quem sofre dela tem uma tendência maior a apresentar esse tipo de comportamento, mesmo que o indivíduo não seja agitado.

O que é mais comum, diz a médica, é a síndrome aparecer no adulto, após os 40 anos, e principalmente na velhice, quando é mais comum que haja um diagnóstico equivocado. Porém, em muitos casos a síndrome é passada de pai para filho e, nessas situações, pode aparecer até na infância.

O tratamento pode ser feito com medicamentos, como anticonvulsionantes, ou um remédio que, em doses mais altas, é usado para controlar a doença de Parkinson. Mas estes são indicados somente para os casos mais graves, quando o problema é diário e prejudica muito a qualidade de vida da pessoa.

Em casos mais ligeiros, algumas mudanças de hábito podem resolver o problema. A falta de ferro pode levar ao distúrbio, e nesse caso tomar suplementos é a solução. «A cafeína em excesso pode desencadear até nas pessoas que não têm [a síndrome]», comenta Poyares. O tabaco e os remédios estimulantes também podem agravar os sintomas, por isso precisam de ser reduzidos ou eliminados. E praticar actividade física moderada e regular é uma forma natural de tratar a síndrome, de acordo com a especialista

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