quinta-feira, 22 de janeiro de 2015
Estudar como os circuitos neurais coordenam a locomoção
vale 1,5 milhões de eurosERC apoia investigadora da Fundação Champalimaud
. tem o potencial de melhorar o nosso conhecimento fundamental»
Megan Carey, investigadora principal do Programa de Neurociências da Fundação Champalimaud, recebeu esta semana uma Starting Grant de 1,5 milhões de euros, atribuída pelo European Research Council (ERC), para estudar, durante os próximos cinco anos, os circuitos neurais que coordenam a locomoção em ratinhos.
O ser humano tem uma capacidade formidável de, aparentemente sem esforço, gerar movimentos coordenados. Mas para conseguir desempenhar actividades complexas como a ginástica, andar de bicicleta, ou mesmo andar pela rua enquanto envia uma mensagem escrita através do telemóvel, diferentes partes do corpo têm de trabalhar em conjunto.
O cerebelo é uma área do cérebro conhecida por ser crítica para a coordenação do movimento. Quando as células desta área são danificadas, o resultado são situações de ataxia ou descoordenação do andar. Mas como é orquestrada a actividade neural nos circuitos do cerebelo garantindo a coordenação da locomoção?
Para andar pela rua diferentes partes do corpo têm de trabalhar em conjunto
“Neste projecto vamos combinar as áreas da visão computacional, análise quantitativa do comportamento e medição e manipulação da actividade neural. Acreditamos que esta abordagem interdisciplinar nos irá permitir elucidar os mecanismos através dos quais o cerebelo contribui para a locomoção”, explica Megan Carey.
Para a investigadora "este projecto tem o potencial de melhorar o nosso conhecimento fundamental sobre a função dos circuitos neurais que estão na base do comportamento. Para além disso, também poderá trazer aplicações para a área da robótica e tratamentos para pacientes que sofrem, por exemplo, de ataxia cerebelar.”
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